Enfim

E, à luz da noite, ela se refez, complacente. Em epifania, compôs-se na mais alta plenitude e sentiu, enfim, o sossego do espírito. Sentiu o vago e o livre, o repouso, a harmonia. Sentiu-se, enfim, completa, graças à compreensão e ao afeto, ao olhar confortado e ao sorriso desatinado. Completa por estar, enfim, trilhando pedra por pedra seu caminho, sob o impulso da cessão; e foi-se o egoísmo bruto frente à maciez do espírito, foi-se a frieza e deu lugar à esperança viva. E ela sentiu, enfim, que aquela vida valia, preciosa. E, enfim, soube que as sutilezas, por mais efêmeras, constroem ninho sólido. Amor e dedicação, gratidão a ele, enfim.

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Comentários

JPinhata disse…
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