A. vulgaris


Tu me olhas desconfiado
Enquanto eu, viva, respondo
Com olhar entusiasmado.
Tu me queres sem querer
E me envolve em teus segredos
Sem pudor; seu bel-prazer.
De artemísia, o doce incenso
Esfumaça o respirar-te
E alumia os desenredos.
Tu, que adoras confundir-me,
Hás então de ver, calado,
Meu corpo ardente, eloquente,
Pelos ares a apartar-te
Sem limites, por aí,
Por si só a transbordar-se.

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